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CLÁUDIO PATTO

Eu conheci a esgrima levando meu filho pra treinar. Depois de ficar sentado na banqueta esperando o treino dele acabar por um tempo, finalmente eu me dei conta que “eu podia fazer aquilo”. No começo, era pra passar o tempo e pra fazer algo com o filhão, mas numa manhã de domingo, enquanto o guri estava num campeonato em Porto Alegre, o mestre Alkhas me liga e diz: “você vai jogar um campeonato em duas horas”. Foi terror e pânico, mas eu nem tive tempo pra pensar muito no assunto. Fui lá, joguei, me diverti e gostei. Então comecei a jogar tudo. Nos 6 anos desde que eu comecei a treinar, foram 9 campeonatos adultos, pra apanhar da gurizada; alguns campeonatos e torneios brasileiros veteranos, onde ganhei dois ouros e um bronze; inúmeros esgrimasters, torneios não oficiais veteranos, mas muito, muito divertidos; 2 sul-americanos veteranos com uma prata e um bronze; e um pan-americano veterano com uma prata.

Mesmo tendo começado depois de velho e, certamente não chegar perto do nível técnico dos atletas veteranos que jogam desde a infância, eu fico muito feliz vendo o novato conseguindo resultados sobre os tarimbados. É tudo uma questão de treino. O ápice disso foi meu primeiro sul-americano veterano, com 8 atletas, quando eu jogava há 3 anos e consegui uma prata, sendo que, no pódio, comigo, havia outros 3 atletas que somavam 87 anos de esgrima. Eu me senti no céu. Em 3 anos treinando com o Alkhas eu já tinha técnica suficiente para encarar em pé de igualdade atletas muito, muito mais experientes.

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